sábado, 28 de outubro de 2017

5216 - As grandes imigrações passaram pelo Caí

A igreja matriz de São Sebastião do Caí teve sua construção iniciada
pela década de 1870 e já passou por inúmeras reformas e ampliações

No ano de 1875, quando foi criado, o município de São Sebastião do Caí abrangia um enorme território. Pertenciam a ele os atuais municípios de Caxias do Sul, Nova Petrópolis, Picada Café, Feliz, São José do Hortêncio e Capela de Santana, Linha Nova, Vale Real e Alto Feliz.
Já na década de 1820, os primeiros imigrantes alemães chegaram a este território, criando a localidade de Portugiesersschneiss (Picada dos Portugueses), que vem a ser hoje a cidade de São José do Hortêncio.
Ali os imigrantes criaram seus filhos e estes, ao se casarem, buscavam novas terras para cultivar e criar suas próprias famílias. De início ocuparam lugares mais próximos, no Cai, Feliz e Bom Princípio. E assim, de geração em geração foram expandindo a sua ocupação territorial, num processo de imigração que se estendeu por grande parte do estado e, depois, transpôs fronteiras. Hoje descendentes daqueles pioneiros imigrantes de Hortêncio. Seus filhos e netos seguiram os passos dos pais e, ao se casarem, buscaram terras disponíveis em regiões mais distantes. Hoje, descendentes daqueles primeiros imigrantes vivem em terras tão distantes como o interior do Maranhão, Rondônia e até o território de Rio Branco. Até mesmo na Argentina e no Paraguai se fixaram esses desbravadores de novos territórios, levando com eles o uso da língua alemã e toda a cultura que os primeiros imigrantes trouxeram da Europa há quase duzentos anos.
Além da sua vinculação profunda com a imigração alemã, São Sebastião do Caí teve papela exponencial no outro grande projeto de imigração ocorrido no estado: a imigração italiana.
Caxias do Sul, a Pérola da Colônia pertenceu, inicialmente ao município de São Sebastião do Caí e era a partir da sede municipal, no Caí, que foi conduzida a instalação dos imigrantes italianos na região de Caxias. Depois que Caxias emancipou-se, a vincu

A FÉ SOBE MONTANHAS
Os primeiros imigrantes alemães dividiam-se em católicos e luteranos e  havia, entre essas duas comunidades, uma acirrada  competição, que potencializava a fé em ambas as comunidades. Aos católicos não era permitdo casar com luteranos e vice-versa.  Pelo mesmo motivo, as pequenas comunidades que iam surgindo logo tratavam de construir igrejas, que também se transformavam em escolas. Padres e pastores exerciam a função de professores. Era em torno dessa escola/templo que iam, aos poucos, surgindo os vilarejos. Hoje ainda, em qualquer localidade, por menor que seja, existe uma igreja: ou católica ou luterana.
Graças à imigração de sacerdotes alemães, suiços e austríacos (que falavam alemão) vieram para o Rio Grande do Sul, para dar assistência aos colonos. Esses sacerdotes, especialmente os jesuítas, ergueram seminários e deram estrapordinário impulso à formação de sacerdotes no Brasil. Até hoje, eles ocupam grande parte da cúpula da igreja brasileira e um dos vários sacerdotes originados na região, tendo se tornado arcebispo, foi cotado para se tornar papa.

FESTAS PAROQUIAIS
A Festa de São Sebastião é uma das maiores festas paroquiais que se realizam no estado. A fé em São Sebastião e o espírito de integração comunitária continuam fortes na comunidade, como se pode observar anualmente, no evento realizado no mês de janeiro.
Além dessa, algumas dezenas de outras festas paroquiais são realizadas nos bairros da cidade e nas localidades do interior do município, ao longo do ano.

AS SETE NOSSA SENHORAS
Os caienses têm extraordinária devoção por Nossa Senhora. Tanto que, apesar do município não ser tão grande, existem sete igrejas, capelas e santuários dedicados a Nossa Senhora localizadas no município.


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